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Os Leões do Quênia lideram programas inclusivos do diabetes

Annemarie Hill 28 de Outubro de 2019

Os Leões do Quênia criaram um programa inovador, reunindo sua forte parceria com a Olimpíadas Especiais do Quênia e a visão global de reduzir a prevalência do diabetes. Nos últimos 18 meses, os Leões do Quênia fizeram duas atividades de exames, alcançando quase 800 pessoas com deficiência intelectual (DI) e suas famílias, inclusive a identificação de quatro diabéticos não diagnosticados anteriormente e o início do tratamento. Este trabalho reflete a liderança filantrópica global e inovadora da Fundação de Lions Clubs International (LCIF) em gerar inclusão social por meio de serviços.

Liderado pelo PID Dr. Manoj Shah, o relacionamento com os Leões do Quênia e a Olimpíadas Especiais do Quênia cresceu significativamente ao longo dos anos. O Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions em Nairobi foi reconhecido pelas Olimpíadas Especiais e pela Fundação Golisano como vencedor do Prêmio Golisano de Liderança Global na Saúde de 2019, durante uma cerimônia realizada anteriormente neste ano nos Jogos Mundiais de Verão das Olimpíadas Especiais de Abu Dhabi. O prêmio reconheceu o compromisso do Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions com a saúde inclusiva, que resultou na receita médica para mais de 1.000 pares de óculos para atletas das Olimpíadas Especiais, 15 cirurgias gratuitas e inúmeros procedimentos odontológicos e audiológicos.

Durante uma visita em agosto de 2019 da Ann Costello, diretora executiva da Fundação Golisano, ela vivenciou em primeira mão o motivo pelo qual o Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions foi selecionado como a melhor parceria na África.  Ela comentou: “Ao visitar o Hospital Oftalmológico do Lions, constatei que não se tratava apenas de um hospital oftalmológico, mas também de um centro do diabetes, uma clínica odontológica. Vi um local único para prestação de serviços de saúde e cuidados periféricos. É um modelo muito progressivo para o país, o continente e o mundo. Não vi esse nível de integração em nenhum outro lugar do mundo”.

O Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions também é onde se encontra o novo Centro de Atendimento do Diabetes, aberto pelo PIP Dr. Naresh Aggarwal em 2017. Com um estabelecimento de primeira classe disponível para responder ao chamado de Lions Clubs International de reduzir a prevalência e o impacto do diabetes, os Leões do Quênia se empenharam para garantir que o programa do diabetes inclua pessoas com DI.

Diabetes Screening 4

Assim como acontece com muitos problemas de saúde encontrados em pessoas com DI, há surpreendentemente poucas pesquisas que descrevam a prevalência do diabetes nessa faixa da população, quais são os fatores de risco, quais são os custos e como prevenir a doença.  No entanto, dados globais das Olimpíadas Especiais revelam que 69% dos atletas com mais de 20 anos são obesos ou com sobrepeso, variando de 23% na região da África a mais de 73% na região da América do Norte1. Um estudo canadense sugere que a prevalência do diabetes na população com DI é 1,5 vezes a taxa da população em geral (16% X 9,7%) e que as pessoas com DI têm 2,6 vezes mais chances de serem hospitalizadas por doenças relacionadas ao diabetes, recomendando assim que o rastreamento do diabetes comece aos 30 anos e não aos 40 anos2. Além disso, certas síndromes, como a síndrome de Down, estão altamente associadas ao diabetes e estudos sugerem que pessoas com síndrome de Down têm prevalência 4 a 35 vezes maior do diabetes tipo 1 em comparação à população em geral3,4.

Com essas estatísticas alarmantes em mente, os Leões do Quênia, através do Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions, fizeram uma parceria com a Aratus Health Limited e organizaram eventos de exames do diabetes em Eldoret e Machakos, atingindo quase 800 pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. Os exames incluíram uma avaliação dos fatores de risco, e verificou-se que 22 indivíduos estavam acima do peso, mas não se registrou nenhum caso de hipertensão. Constatou-se que onze indivíduos eram diabéticos existentes, enquanto que quatro novos diagnósticos foram feitos e 40 indivíduos foram encaminhados ao Centro de Atendimento do Diabetes do Hospital Oftalmológico do SightFirst do Lions para mais investigações e tratamentos.

O Leão Arv Kalsi, coordenador do Programa do Diabetes para LCIF no Distrito 411A, ficou entusiasmado com o impacto dos eventos-piloto e a perspectiva de futuros eventos: “Com tão pouco trabalho para incluir pessoas com DI nos programas de diabetes, estamos satisfeitos por podermos ajudar as Olimpíadas Especiais a desenvolver procedimentos operacionais padrão para fazer os exames nessa população e também ajudar outros Lions clubes e distritos dispostos a envolver pessoas com DI nas suas iniciativas de diabetes. Acreditamos que criamos um modelo bem abrangente que aborda conscientização, instrução, diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento, além de abordar a visão comum e as complicações podológicas associadas ao diabetes - e esperamos compartilhar nossas experiências com outras pessoas”.

Saber mais sobre a parceria de LCIF com as Olimpíadas Especiais.


Annemarie Hill é Diretora Sênior de Desenvolvimento Global das Olimpíadas Especiais Internacionais.

1 Olimpíadas Especiais. Dados do Programa Atletas Saudáveis das Olimpíadas Especiais. Relatório de Prevalência de Atletas Saudáveis. 2018

2 Balogh et al. Disparidades na prevalência do diabetes e hospitalizações evitáveis em pessoas com deficiência intelectual e de desenvolvimento: estudo com base em uma população. Medicina diabética. 32: 235-242. 2015

3 Bregholdt R, Eising S, Nerup J, Pocoit F. Maior prevalência da síndrome de Down em pessoas com diabetes tipo 1 na Dinamarca: estudo de âmbito nacional com base em uma população. Diabetologia. 49:1179. 2006

4 Anwar A, Walker J, Frier B. Diabetes mellitus tipo 1 e síndrome de Down: prevalência, manejo e complicações diabéticas. Medicina diabética. 15:160-3. 1998